sábado, 6 de janeiro de 2018

Como suas compras vêm da China até a sua casa e por que elas demoram tanto? O Processo de importação

Dificuldades logísticas, alto volume de pedidos e confusão nos processos explicam o problema. Correios está investindo para diminuir a demora na entrega dos pedidos feitos em lojas chinesas. Em uma série de 5 posts diários vamos abordar os seguintes temas: Processo de importação; Como chegam ao Brasil; A fama de Curitiba; Novo modelo de importação; Investimentos e cooperação com chineses e Dicas para não se frustrar
Com preços mais baixos e frete gratuito, os sites de compra chineses atraem cada vez mais brasileiros. De acordo com o estudo Webshoppers 2017, realizado pela Ebit, o gigante chinês AliExpress foi o preferido dos brasileiros que compraram em sites de fora em 2016, à frente de grandes corporações como as norte-americanas Amazon e Ebay. Dos entrevistados no estudo, 45% afirmaram terem feitos compras pelo site chinês no ano passado, contra 40% na Amazon e 26% no Ebay. Entre os itens preferidos dos brasileiros estão artigos eletrônicos e de informática, moda e acessórios, celulares, brinquedos e games. Se a economia de dinheiro é um atrativo, uma questão acaba incomodando os consumidores que decidem aproveitar essas ofertas: a demora para receber a encomenda. Como é que suas compras, feitas em sites chineses como AliExpress, GearBest, Tmall e DealExtreme, chegam ao Brasil? E por que às vezes demora tanto para que ela chegue à sua casa?

Processo de importação

Em primeiro lugar, ao comprar fora do Brasil o consumidor realiza uma importação, e, por isso, está sujeito a todas as regras impostas pelo governo brasileiro, independente do volume da compra. “A interface dos sites pode enganar. O site é da China mas está inteiro em português, você paga por boleto e na moeda local. Mas é um processo de importação sujeito a regras”, explica Lemuel Costa e Silva, chefe do Departamento de Encomendas e E-Commerce dos Correios.
A grande diferença está mesmo no método de entrega. No Brasil, os Correios oferecem serviços de entrega expressa ou econômica, como Sedex e PAC, em que é possível rastrear o objeto de ponta a ponta. Em compras internacionais, isso nem sempre acontece. A maioria dos sites tem frete grátis, mas o tipo oferecido é o mais barato, chamado Pequena Encomenda Simples, que não tem código de rastreamento, o que impossibilita acompanhar o trajeto da encomenda. Outra opção comumente disponível é a Pequena Encomenda Registrada, que oferece o código de rastreamento, mas apenas na chegada ao Brasil e na entrega ao destinatário.
Ambos possuem prazos de entrega mais dilatados, com toda a logística ao chegar ao Brasil feita por via terrestre. O prazo de entrega que os Correios estimam para esses serviços é de 40 dias úteis após a liberação pela fiscalização alfandegária. Em média, desde a postagem, a espera pela encomenda pode chegar a 60 dias úteis.
De acordo com Costa e Silva, 95% de tudo que vem para o Brasil vem como Pequena Encomenda; na maioria dos casos, como Pequena Encomenda Simples. “No Brasil, não temos modalidade parecida com esta, o que acaba gerando insatisfação dos consumidores acostumados a terem informações mais detalhadas sobre a entrega de suas compras”, afirma. Diariamente, chegam cerca de 200 mil encomendas vindas da China para análise nos centros de tratamento internacionais.

Próximos post's:

Como chegam ao Brasil? (08/12/2017)
A fama de Curitiba (10/12/2017)
Novo modelo de importação (12/12/2017)
Investimentos e cooperação com chineses (14/12/2017)
Dicas para não se frustrar (16/12/2017)

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