A maioria das compras chega ao
Brasil por via aérea. É a forma mais rápida, o que não quer dizer que a
mercadoria é postada em um dia na China e no outro já aterrizou aqui. “Em uma
analogia às viagens de ônibus, é como se fosse um avião ‘pinga-pinga’, que vai
parando em diversos locais durante o trajeto. Não existe regra definida, nem
garantia de que o consumidor que comprou hoje terá sua compra já empacotada e
enviada amanhã. Isso pode levar dias”, conta Costa e Silva.
“Os aviões têm trajetos e datas
pré-estabelecidos, não é como se tivesse um avião esperando pela sua compra.
Ele faz escalas. Só isso pode levar de 15 a 20 dias até chegar aqui”,
complementa a consultora de varejo Giuliana Grinover, da AGR Consultores.
As compras também podem ser
enviadas em contêineres de navios, mas é menos utilizado pois exige uma série
de documentos das empresas de transporte para uma importação formal, o que o
torna menos interessante. Os Correios também oferecem o Express Mail Service
(EMS), que seria a forma expressa de entrega, parecida com o Sedex, com a
possibilidade de rastreamento e prioridade de entrega para documentos e
mercadorias de até 30 kg . O serviço, no entanto, custa mais caro e nem sempre
está disponível nos sites dos vendedores.
Outra forma são os couriers,
empresas que podem ser contratadas e que entregam mais rápido, mas que chegam a
custar 30 vezes mais. “Esse tipo de entrega é recomendado para quem tem pressa
em receber o produto. Mas para a maioria dos consumidores não é interessante
pelo alto custo, uma vez que os bens adquiridos de sites chineses costumam ter
pouco valor agregado”, explica Grinover. Ela lembra ainda que muitos dos
fornecedores desses sites estão localizados no interior da China, então além do
transporte até o Brasil, há ainda os problemas de logística internos chineses.
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