Chegando ao Brasil, se utilizados
os serviços postais oficiais, os pacotes são distribuídos em três Centros de
Tratamento Internacionais do Correios, que organiza e disponibiliza toda a
carga para inspeção da Receita Federal. Os centros estão localizados em São
Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba. Além dos Correios e da Receita, também atuam
nestes locais outros órgãos de controle, como a Anvisa, o Exército, a Vigiagro
e a Polícia Federal.
Cada um destes centros é
especializado em uma modalidade de serviço postal. Para São Paulo, são
destinadas as encomendas EMS, que, após nacionalização, ou seja, quando o
produto já está liberado para entrega pelos Correios, são enviadas via Sedex. O
Rio de Janeiro recebe as chamadas Colis Postaux, já uma modalidade econômica,
mas geralmente destinada a cargas mais pesadas, de 5 a 10 kg.
É em Curitiba que o grande volume
de compras chega, com as Pequenas Encomendas Registradas e Simples. São pacotes
pequenos, com 200 g a 300 g, mas em quantidades enormes. Diariamente, são cerca
de 200 mil pacotes. Isso explica, em parte, porque a capital paranaense tem
recebido a fama de ser onde as compras internacionais ficam paradas.
“Uma parcela da população acaba
culpando os Correios, porque quando vai rastrear a mercadoria vê que está em
Curitiba. Mas na verdade o que acontece é que como o tipo de frete contratado
não oferece rastreamento de ponta a ponta, só temos como informar quando chega ao
Brasil, no caso em Curitiba, e quando chega ao destino final”, explica Costa e
Silva.
A chefe da Inspetoria da Receita
Federal em Curitiba, Cláudia Regina Leão do Nascimento Thomaz, exemplifica: uma
remessa destinada ao Acre, por exemplo, será recebida no Brasil por Curitiba,
momento no qual terá registro no sistema de rastreamento, mas precisará viajar
por todo o país para só então ter o próximo movimento registrado no sistema, no
momento da entrega. “As remessas recebidas em Curitiba são tratadas pela Receita
normalmente no mesmo dia ou no dia seguinte. Quando uma consulta ao site dos
correios indica que a remessa ainda está na fase de tratamento em Curitiba, o
mais provável é que já tenha saído há muito tempo de lá e esteja dentro do
fluxo postal normal de entregas do Correios”, esclarece.
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